domingo, 15 de novembro de 2009

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http://www.coati.org.br/p_inicial/ComoFundarONG.htm%20%20%2016/11/09
PASSOS IMPORTANTES QUE DEVEM SER SEGUIDOS PARA A FUNDAÇÃO DE UMA ONG:

Antes de fundar uma ONG, procure em sua cidade se já não existe alguma associação que lute pela mesma causa que você e seu grupo querem defender. Juntar forças geralmente é mais produtivo.
1. Mobilize um grupo de pessoas que tenham o mesmo ideal.
2. Reunam-se várias vezes, escolham um nome, definam os objetivos e organizem a forma de atuação.
3. Elaborem um estatuto. O auxílio de um advogado é muito importante nesta etapa.
4. Convidem várias pessoas para participar da reunião de fundação da ONG. Esta reunião chama-se Assembléia Geral (reunião de todos os associados) e nela deve ser aprovado o estatuto da entidade.
5. Elejam uma diretoria para coordenar as atividades da ONG e um conselho deliberativo e fiscal para orientar as ações e fiscalizar os balancetes financeiros.
6. Façam cópia dos documentos para o registro em cartório. Mais uma vez o advogado pode ajudar.
7. Depois de registrada, a ONG pode requerer o CNPJ junto ao Ministério da Fazenda / Secretaria da Receita Federal. Nesta etapa, um contabilista pode auxiliar bastante.
8. Cadastre a ONG nos conselhos afins. No caso de uma entidade ambientalista, pode-se cadastrá-la nos Conselhos Municipal (Condema), Estadual (Consema) e Nacional de Meio Ambiente (Conama), Fundo Nacional de Meio Ambiente, Comitês de Bacias Hidrográficas, entre outros.
9. Mãos à obra ! Ter idéias, planejar as ações e colocá-las em prática são o caminho do sucesso da ONG.


PERSONAGENS DO TERCEIRO SETOR
Por Vanderley Valentim
Para entender melhor o terceiro setor e necessário conhecer de maneira detalhada quem são os seus personagens e a forma com a qual agem.
Os principais personagens do terceiro setor são:
FUNDAÇÕES: instituições que financiam o terceiro setor, fazendo doações ás entidades beneficentes. No Brasil, temos também as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios; como exemplo a Fundação Roberto Marinho.
Segundo o GIFE – Grupo de Instituições, Fundações e Empresas, no Brasil temos poucas fundações; na qual, muitas têm desempenhado pouca atuação na área social. Pelo fato da maioria de nossas fundações não ter fundos e viverem de doações anuais das empresas que as constituem. Em épocas de recessão, estas doações mínguam, justamente quando os problemas sociais aumentam.
O conceito de fundação é, justamente, o de acumular fundos nos anos bons para poder usá-los nos anos ruins. Como é o caso da fundação Bradesco que é um dos raros exemplos de fundação com fundos no Brasil.
ENTIDADES BENEFICIENTE: são operadoras de fato no cuidado dos carentes, idosos, meninos de rua, viciados no consumo de drogas e álcool, órfãos e mães solteiras; protegem testemunhas; ajudam a preservar o meio ambiente; educam e profissionalizam jovens e adultos; promovem campanhas de doação de sangue, distribuição de sopão, merenda e livros, atendem suicidas e dão suporte aos desamparados a todo tempo combatendo a violência e promovendo os direitos humanos e a cidadania.
No Brasil existem hoje números que variam desde 14.000 a 220.000 entidades, o que inclui escolas, associações de bairro e clubes sociais. O guia de Filantropia revela que as 400 maiores entidades do Brasil representam, praticamente, 90% da atividade do setor.
FUNDOS COMUNITÁRIOS: São muito comuns hoje, é uma união, onde, em vez de cada empresa doar para uma entidade; todas as empresas de um grupo ou determinado segmento se unem e doam para um Fundo Comunitário, sendo que, as empresas doadoras avaliam, estabelecem prioridades e administram efetivamente a distribuição do dinheiro. Um dos poucos fundos existentes no Brasil com resultados comprovados é a FEAC.
ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS: É uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracterizada pelo agrupamento de pessoas para a realização e execução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade lucrativa; apesar de nos dias atuais muitas entidades sem fins lucrativos serem na realidade lucrativas ou atenderem a interesses próprios. Um clube esportivo, por exemplo, é sem fins lucrativos, mas beneficia somente seus respectivos sócios. Muitas escolas, universidades e hospitais eram no passado, sem fins lucrativos, somente no nome. Por isto estes números chegam hoje a 220.000.
Entidades na área de educação como a PUC (Pontifícia Universidade Católica) que tem a igreja como mantenedora e que cobram valores abusivos de mensalidade, mais altos que outras universidades. Isso gera nos alunos por vezes, críticas ferrenhas e consideráveis por também não investir na própria entidade.
ONGs (Organizações Não Governamentais): São associações do terceiro setor, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para melhorar determinados aspectos da sociedade.
Estas organizações nem sempre ajudam na prestação de serviços a pessoas diretamente. Por exemplo uma ONG que defenda os direitos da mulher, fazendo pressão sobre nossos deputados, está ajudando de maneira indireta todas as mulheres.
EMPRESAS COM RESPONSABILIDADE SOCIAL: a Responsabilidade Social, no fundo, é sempre do indivíduo, nunca de uma empresa jurídica, nem de um Estado impessoal. Caso contrário, as pessoas repassariam as suas responsabilidades às empresas e ao governo, ao invés de assumirem para si. Mesmo conscientes disso, vivem reclamando que um ou outro na resolvem os problemas sociais do Brasil.
Porém, algumas hoje vão além da sua verdadeira responsabilidade principal, que é fazer produtos seguros, acessíveis, produzidos sem danos ambientais, e de estimular seus funcionários a serem mais responsáveis. O Instituto Ethos – organização sem fins lucrativos criado para promover a responsabilidade social nas empresas foi um dos pioneiros nesta área.
EMPRESAS DOADORAS: são empresas parceiras, que doam certa porcentagem do seu faturamento, seja ele mensal ou anual variável. Segundo pesquisa das 500 maiores empresas brasileiras somente 100 são consideradas parceiras do terceiro setor. Das 250 empresas multinacionais existentes no Brasil, somente 20 são admiradas. Inúmeras das empresas consideradas parceiras são pequenas e médias e são relativamente desconhecidas pelo grande público.
ELITE FILANTRÓPICA: São doadores, pessoas físicas que em sua maioria pertencem classe média. Esta tendência continua na classe mais pobre. Quanto mais pobre, maior a porcentagem da renda doada como solidariedade.
No mundo inteiro, as empresas contribuem somente com 10% da verba filantrópica global, enquanto as pessoas físicas, notadamente da classe média, doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe média doa, em média, 23 reais por ano, menos que 28% do total das doações. As fundações doam 40%, o governo repassa 26% e o resto vem de ações beneficentes promovidas pelos componentes revela o site filantropia.org.
O importante no contexto geral e diferenciar uma associação de bairro ou um clube que ajuda os próprios associados de uma entidade beneficente, que ajuda os carentes.

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