domingo, 22 de novembro de 2009

Números do terceiro setor

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que avaliou a participação econômica do segmento no Brasil, o terceiro setor chegou a números grandiosos. O movimento é de aproximadamente R$ 32 bilhões. Este valor representa 1,4% na formação do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB).

O destaque é para o número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos, que entre 1996 e 2002 alcançou um crescimento de 157%. Isso representa uma elevação de 105 para 276 mil instituições oficialmente cadastradas. A maior parte delas (44%) concentra-se na Região Sudeste: São Paulo (21%) e Minas Gerais (13%), reunindo um terço das organizações existentes em todo o Brasil.

Números revelaram ainda que o gasto social das 400 maiores entidades do Brasil no ano de 2000, foi de R$ 1.971.000,00. Ao todo, elas possuem 86.894 funcionários, 400.933 voluntários.

Entre 1996 e 2002, o número de pessoas ocupadas no setor também teve um aumento expressivo. A quantidade de empregados assalariados passou de 1 milhão para 1,5 milhão, ou seja, um crescimento de 50% que representa 5,5% do total de pessoas empregadas em todas as organizações formalmente registradas no país. Apesar disso, a maioria das instituições não tem empregados assalariados.

O terceiro setor no mundo possui entre gestores, voluntários, doadores e beneficiados de entidades beneficentes 12 milhões de pessoas e 45 milhões de jovens que veem com a missão de ajudar.

Empresas Doadoras



Uma pesquisa feita pelo site Filantropia.org, nós revela que das 500 grandes empresas brasileiras, apenas 100 são consideradas parceiras do terceiro setor. Das 250 empresas multinacionais que têm negócios no Brasil, somente 20 são admiradas. A maioria das empresas consideradas parceiras são pequenas e médias e são relativamente desconhecidas pelo grande público.

Pessoas Físicas



No planeta, as empresas contribuem apenas com 10% da verba filantrópica global, enquanto as pessoas físicas, da classe média, doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe média doa 23 reais por ano, em média, menos que 28% do total das doações. As fundações doam 40%, o governo repassa 26% e o resto vêm de bingos beneficentes, leilões e eventos

Terceiro Setor: trabalho voluntário ou carreira alternativa?

O Brasil é o quinto do mundo em trabalho voluntário. E o salário nem sempre é o que mais atrai os profissionais de empresas, como aconteceu com o diretor de Publicidade da revista Veja, Fabio Amaral, que trocou de emprego para ganhar 10% a menos como coordenador do Instituto Cultural Maurício de Souza.

Historicamente, essa preocupação com o social apareceu em 1543 com a fundação da Santa Casa de Misericórdia, depois em 1908 com a chegada da Cruz Vermelha no Brasil. Em 1910, Robert Baden-Powell levantou a bandeira do escotismo para "ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião". Em 1942, Getúlio Vargas criou a LBA - Legião Brasileira de Assistência - e em 1961 nasceu a APAE, em 1967 o Projeto Rondon, em 1983 a Pastoral da Criança. Só a partir dos anos 90, é que os cidadãos, entidades e empresas particulares começam a pensar em valores sociais e questões éticas. A partir daí, Herbert de Souza, o Betinho, fundou em 1983 a Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida. Em 1995, Fernando Henrique Cardoso criou o programa Comunidade Solidária, que substituiu a LBA e cuja presidência coube à dona Ruth Cardoso. Em 1995, também surgiu o programa Universidade Solidária, o Unisol, atuante a partir de 1996. Em 1998, foi promulgada a lei 9.608, que regulamenta a prática do voluntariado, e, em 1999, a lei 9.790 qualificou as organizações da sociedade civil de direito público e disciplinou um termo de parceria.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Ceats-USP - Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor da Universidade de São Paulo, das 273 empresas, 56% investem em atividades de caráter social; 40% acreditam que as ações sociais envolvem mais o funcionário com o trabalho; 34% acham que programas sociais aumentam a motivação e a produtividade; e em 48% os funcionários fazem algum tipo de trabalho voluntário.

O fato é que o Terceiro Setor já é visto como uma alternativa para alavancar a carreira profissional. Difícil, é encontrar fontes seguras sobre a média salarial oferecida aos iniciantes ou coordenadores profissionais.


Fontes: Filantropia.org + Responsabilidade Social.com + catho.com.br

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Entrevista - Voluntária Greenpeace

Rafaella Pontes - Voluntária Greenpeace Recife


Pela gratificação e satisfação que esse trabalho me proporciona.


Trabalho no Greenpeace. Defende as causas ambientais.

Faço parte do grupo de voluntários de Recife. Realizamos atividades com o público, conversando, explicando e mostrando os problemas. Trabalhamos conscientizando o publico.

Ser voluntário é acreditar que não podemos mudar o mundo, mas com certeza, mudaremos a vida de algumas pessoa e isso é a maior gratificação que temos!

Entrevista - Voluntária

Entrevista - Renata ( Voluntária )


1º porque acredito que meu tempo não pode girar somente em torno de mim mesma, é preciso fazer algo para modificar (no sentido de melhorar) o espaço ao meu redor

2º no momento não estou diretamente ligada a nenhuma ong, mas a que estou, normalmente presta

3º auxilio conversando diretamente com o público e/ou em qualquer outra atividade a qual eu seja solicitada

4º voluntário é alguem que trabalha sem ser remunerado porque acredita que o dinheiro nem sempre é a mola que move o mundo. É alguém que acredita e é capaz de transformar o planeta e a atitude das pessoas através do seu comportamento. É uma pessoa que doa seu tempo em virtude de um ideal.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Entrevista - Assistida de ONG

Entrevista - Fernanda Ota


A ONG é Pueras, era para conscientização ambiental.

Nós promoviamos a campanha basicamente atraves do grupo teatral existente no qual eu fazia parte e também através de palestras ministradas pelo fundador da ONG.

Eu aprendi que um gesto simples como separar os lixos reciclaveis podem gerar muito dinheiro para a sociedade e um bem para o meio ambiente que reflete no bem estar dos bichos, pessoas, plantas, blaabla.

Eu acho muito importante a existencia de ONGs, pois levam esses tipos de informaçoes que por exemplo, aqui na cidade tiradentes ninguém teria acesso...Os eventos promovidos em escolas, ceus, empresas, festas comemorativas das cidades chamaram muito a atenção de todos, e acho legal isso...a pessoa ter esse primeiro contato.

Eu sai de lá pq eu estava achando que estavam abusando um pouco da nossa boa vontade, mas tudo bem..mas acho que esse tópico tbm deveria entrar na sua pesquisa: o que há por tras disso td em varias ongs.. srrsrs

bjios

blog de la http://pueras.blogspot.com/

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Entrevista - Não Voluntária

Entrevista - Ariana Diniz
( não voluntária )

Você já fez trabalho voluntário ?
Nunca fiz, queria fazer em asilo, gosto de idosos.

Porque você nunca fez ?
Nunca corri atrás, não foi o foco ainda .Se fosse uma coisa que eu quissesse mesmo, já teria feito.

domingo, 15 de novembro de 2009

Entrevista - Voluntária

Entrevista da Voluntária Carolina Carin


Então é assim, na verdade eu participo do Rotaract que é filiado ao Rotary, mas é tudo da mesma família. O Rotary em sim não são voluntários e sim sócios. Muita gente confunde a verdadeira questão e objetivo dele, que é desenvolvimento de liderança em grupo.

Para esse desenvolvimento criamos projetos com a sociedade de cada área de seu Rotary, é ai que as pessoas pensam que o Rotary em si só serve para ajudar os carentes e não é bem assim. Existem reuniões semanais, cada pessoa tem um cargo é como se fosse uma empresa.

O tempo que participei e ainda participo um pouco por fora pois estou afastada, devido os estudos, eu participei de diversos projetos em ONGs e da para responder. Eu resolvi participar do Rotary, pois é uma forma de aprender a lidar co diversa pessoas diferentes de você e ao mesmo tempo ajudar a comunidade.

Ser voluntário é algo muito recompensado no brilho dos olhos das crianças que receberam uma aula de higiene bucal por exemplo, ou de idosos que receberam nossa visita em uma tarde de dia dos pais.

Eu gostaria que todas as pessoas fossem pelo menos um dia voluntária, claro não podemos esquecer que o Governo precisa sim, melhorar a questão de pessoas carentes, mas quem sabe se a sociedade começar a mostrar mais interesse quem sabe o governo vai ajudar mais, porém ainda existem pessoas que acreditam que isso é uma função única e exclusiva do governo.

Ai fica da consciência de cada um. Eu já perdi inúmeros sábados e domingos de sol para fazer algum projeto. Mas no final vale muito à pena.

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Capa

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Editorial, Ficha Técnica, Sumário

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ORIGEM DO TERCEIRO SETOR ( Carlos )

Buscar o “início” do terceiro setor é mergulhar na origem da sociedade humana, pois, na busca de condições de sobrevivência, o homem tomou consciência de que suas necessidades só seriam satisfeitas em sociedade. Os problemas decorrentes destas necessidades “individuais ou não” faziam com que o homem adotasse a prática de se reunir e discutir os rumos a serem tomados por esta ou aquela comunidade. A criação do Estado organizado se fez necessário quase que de uma forma natural, uma vez que leis e regras se faziam mais e mais presentes na sociedade. Da origem da sociedade aos tempos modernos a organização do estado manteve sua base de estruturação praticamente inabalável, o mercado flutuando sob uma mão firme das regras e leis impostas pelo mandatário, o “Estado”, onde este exerce a função de “controlador” da economia, política e ações socias.

No conceito mais tradicional, o Estado, representado por entes políticos como as prefeituras os governos estaduais e o governo federal, suas autarquias, ministérios, legislativo entre outros é o “primeiro setor”, e cabe ao Estado aplicar o dinheiro público em ações para a sociedade, ou seja, os recursos públicos são aplicados direto para o fim público. O segundo setor é o mercado, as empresas privadas, que atuam em benefício próprio ou particular, onde o recurso privado tem por finalidade o fim próprio. Porém historicamente o homem via uma incapacidade do Estado em atuar como regulador do “pacto social” e a necessidade de uma ação social eficaz, e então neste cenário surge a teoria do Terceiro Setor. Produzida inicialmente por economistas nos Estados Unidos, justifica-se pela necessidade da participação da sociedade civil como fundamental na estruturação de uma nova ordem e na urgência da reforma das instituições.

Assim, convencionou-se chamar de terceiro setor o segmento que engloba as entidades privadas sem fins lucrativos. Ele seria uma mistura dos dois setores econômicos clássicos da sociedade: o público, representado pelo Estado, e o privado, representado pelo empresariado em geral.



A Missão do Terceiro Setor ( Thati )

Através de ações sem fins lucrativos, o Terceiro Setortem como missão sanar as questões não resolvidas do Governo com o comprometimento de privilegiar as relações humanas e melhorar a sociedade, tenatndo envolver o Segundo Setor na filantropia, através do investimento social, revertendo a carência da população como o: desemprego, problemas na educação, má administração da saúde pública e o subdesenvolvimento econômico.

Um exemplo disso é a Associação de Assistência à Criança Deficiente, a AACD. A instituição mantida por doações, foi fundada em 1950 e hoje possui 9 centros de tratamento. Os números mostram a proporção deste projeto, que hoje realiza cerca de 5.000 atendimentos por dia. Seus funcionários passam por constante treinamento para aprimorar a capacidade de atendimento e agilidade. Apesar do esforço, ainda há mais de 30 mil deficientes físicos nas filas de espera aguardando uma oportunidade de receber tratamento. Em alguns casos a espera chega a até 8 anos.

"Quero aumentar bastante o índice de sustentabilidade, a AACD inteira tem realizações para tanto, no hospital e nas oficinas também. Acredito que com a profissionalização da gestão somada à motivação dos voluntários, esta meta não fica tão distante," declarou o Doutor Eduardo de Almeida Carneiro, presidente voluntário da AACD e completa "A AACD hoje, é o que consideramos o futuro das ações sociais no Brasil".

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http://www.coati.org.br/p_inicial/ComoFundarONG.htm%20%20%2016/11/09
PASSOS IMPORTANTES QUE DEVEM SER SEGUIDOS PARA A FUNDAÇÃO DE UMA ONG:

Antes de fundar uma ONG, procure em sua cidade se já não existe alguma associação que lute pela mesma causa que você e seu grupo querem defender. Juntar forças geralmente é mais produtivo.
1. Mobilize um grupo de pessoas que tenham o mesmo ideal.
2. Reunam-se várias vezes, escolham um nome, definam os objetivos e organizem a forma de atuação.
3. Elaborem um estatuto. O auxílio de um advogado é muito importante nesta etapa.
4. Convidem várias pessoas para participar da reunião de fundação da ONG. Esta reunião chama-se Assembléia Geral (reunião de todos os associados) e nela deve ser aprovado o estatuto da entidade.
5. Elejam uma diretoria para coordenar as atividades da ONG e um conselho deliberativo e fiscal para orientar as ações e fiscalizar os balancetes financeiros.
6. Façam cópia dos documentos para o registro em cartório. Mais uma vez o advogado pode ajudar.
7. Depois de registrada, a ONG pode requerer o CNPJ junto ao Ministério da Fazenda / Secretaria da Receita Federal. Nesta etapa, um contabilista pode auxiliar bastante.
8. Cadastre a ONG nos conselhos afins. No caso de uma entidade ambientalista, pode-se cadastrá-la nos Conselhos Municipal (Condema), Estadual (Consema) e Nacional de Meio Ambiente (Conama), Fundo Nacional de Meio Ambiente, Comitês de Bacias Hidrográficas, entre outros.
9. Mãos à obra ! Ter idéias, planejar as ações e colocá-las em prática são o caminho do sucesso da ONG.


PERSONAGENS DO TERCEIRO SETOR
Por Vanderley Valentim
Para entender melhor o terceiro setor e necessário conhecer de maneira detalhada quem são os seus personagens e a forma com a qual agem.
Os principais personagens do terceiro setor são:
FUNDAÇÕES: instituições que financiam o terceiro setor, fazendo doações ás entidades beneficentes. No Brasil, temos também as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios; como exemplo a Fundação Roberto Marinho.
Segundo o GIFE – Grupo de Instituições, Fundações e Empresas, no Brasil temos poucas fundações; na qual, muitas têm desempenhado pouca atuação na área social. Pelo fato da maioria de nossas fundações não ter fundos e viverem de doações anuais das empresas que as constituem. Em épocas de recessão, estas doações mínguam, justamente quando os problemas sociais aumentam.
O conceito de fundação é, justamente, o de acumular fundos nos anos bons para poder usá-los nos anos ruins. Como é o caso da fundação Bradesco que é um dos raros exemplos de fundação com fundos no Brasil.
ENTIDADES BENEFICIENTE: são operadoras de fato no cuidado dos carentes, idosos, meninos de rua, viciados no consumo de drogas e álcool, órfãos e mães solteiras; protegem testemunhas; ajudam a preservar o meio ambiente; educam e profissionalizam jovens e adultos; promovem campanhas de doação de sangue, distribuição de sopão, merenda e livros, atendem suicidas e dão suporte aos desamparados a todo tempo combatendo a violência e promovendo os direitos humanos e a cidadania.
No Brasil existem hoje números que variam desde 14.000 a 220.000 entidades, o que inclui escolas, associações de bairro e clubes sociais. O guia de Filantropia revela que as 400 maiores entidades do Brasil representam, praticamente, 90% da atividade do setor.
FUNDOS COMUNITÁRIOS: São muito comuns hoje, é uma união, onde, em vez de cada empresa doar para uma entidade; todas as empresas de um grupo ou determinado segmento se unem e doam para um Fundo Comunitário, sendo que, as empresas doadoras avaliam, estabelecem prioridades e administram efetivamente a distribuição do dinheiro. Um dos poucos fundos existentes no Brasil com resultados comprovados é a FEAC.
ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS: É uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracterizada pelo agrupamento de pessoas para a realização e execução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade lucrativa; apesar de nos dias atuais muitas entidades sem fins lucrativos serem na realidade lucrativas ou atenderem a interesses próprios. Um clube esportivo, por exemplo, é sem fins lucrativos, mas beneficia somente seus respectivos sócios. Muitas escolas, universidades e hospitais eram no passado, sem fins lucrativos, somente no nome. Por isto estes números chegam hoje a 220.000.
Entidades na área de educação como a PUC (Pontifícia Universidade Católica) que tem a igreja como mantenedora e que cobram valores abusivos de mensalidade, mais altos que outras universidades. Isso gera nos alunos por vezes, críticas ferrenhas e consideráveis por também não investir na própria entidade.
ONGs (Organizações Não Governamentais): São associações do terceiro setor, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para melhorar determinados aspectos da sociedade.
Estas organizações nem sempre ajudam na prestação de serviços a pessoas diretamente. Por exemplo uma ONG que defenda os direitos da mulher, fazendo pressão sobre nossos deputados, está ajudando de maneira indireta todas as mulheres.
EMPRESAS COM RESPONSABILIDADE SOCIAL: a Responsabilidade Social, no fundo, é sempre do indivíduo, nunca de uma empresa jurídica, nem de um Estado impessoal. Caso contrário, as pessoas repassariam as suas responsabilidades às empresas e ao governo, ao invés de assumirem para si. Mesmo conscientes disso, vivem reclamando que um ou outro na resolvem os problemas sociais do Brasil.
Porém, algumas hoje vão além da sua verdadeira responsabilidade principal, que é fazer produtos seguros, acessíveis, produzidos sem danos ambientais, e de estimular seus funcionários a serem mais responsáveis. O Instituto Ethos – organização sem fins lucrativos criado para promover a responsabilidade social nas empresas foi um dos pioneiros nesta área.
EMPRESAS DOADORAS: são empresas parceiras, que doam certa porcentagem do seu faturamento, seja ele mensal ou anual variável. Segundo pesquisa das 500 maiores empresas brasileiras somente 100 são consideradas parceiras do terceiro setor. Das 250 empresas multinacionais existentes no Brasil, somente 20 são admiradas. Inúmeras das empresas consideradas parceiras são pequenas e médias e são relativamente desconhecidas pelo grande público.
ELITE FILANTRÓPICA: São doadores, pessoas físicas que em sua maioria pertencem classe média. Esta tendência continua na classe mais pobre. Quanto mais pobre, maior a porcentagem da renda doada como solidariedade.
No mundo inteiro, as empresas contribuem somente com 10% da verba filantrópica global, enquanto as pessoas físicas, notadamente da classe média, doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe média doa, em média, 23 reais por ano, menos que 28% do total das doações. As fundações doam 40%, o governo repassa 26% e o resto vem de ações beneficentes promovidas pelos componentes revela o site filantropia.org.
O importante no contexto geral e diferenciar uma associação de bairro ou um clube que ajuda os próprios associados de uma entidade beneficente, que ajuda os carentes.

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Envolvimento Sociedade - Voluntariado ( Thati )

“O Voluntariado é, de fato, a expressão definitiva de tudo aquilo que significam as Nações Unidas.”
Kofi Annan – Secretário Geral das Nações Unidas


Nas instituições sociais, comunidades de bairro, grupos de ajuda, associações esportivas e religiosas existe o compromisso coletivo de solidariedade e cidadania através do trabalho autruista de seus voluntários.

O trabalho voluntário vem crescendo a cada dia e nada mais é exigido do que compromisso, participação, organização e engajamento na causa. É um trabalho não remunerado que acaba sendo compensando de outras formas " Ser voluntário é algo muito recompensado no brilho dos olhos das crianças que receberam uma aula de higiene bucal por exemplo, ou de idosos que receberam nossa visita em uma tarde de dia dos pais," diz Caroline Carin, voluntária da Rotaract, um grupo filiado ao Rotary Club.

O crescimento do Terceiro Setor mostra a força da parceria entre as ONGs e o voluntariado. Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil contava em 2006 com 16.089 entidades de assistência social, 51,8% delas na região Sudeste e das 519.152 pessoas que atuavam nas entidades de assistência socia no país, 277.301 (53,4%) eram voluntários.

Existe hoje na internet, diversas iniciativas de captação de pessoas que queiram ceder seu tempo e sua formação profissional. Uma delas é o site Voluntários , criado e organizado por Stephen Kanitz articulista da Revista Veja, que tem como objetivo realizar o encontro de pessoas com interesse na causa voluntária com mais de 4.850 entidades filantrópicas. Segundo o site somente 7% dos jovens brasileiros são voluntários, contra 62% nos USA , 54% dos jovens no Brasil querem ser voluntários, mas não sabem como começar. É o caso da estudante Ariana Diniz que diz ter vontade de realizar trabalhos voluntários com idosos, "nunca corri atrás, não foi o foco ainda. Se fosse uma coisa que eu quissesse mesmo, já teria feito".


Muitas pessoas ficam acomodadas e não enxergam o voluntariado como uma forma de driblar a falta das ações de caráter público. "Eu gostaria que todas as pessoas fossem pelo menos um dia voluntária, claro não podemos esquecer que o Governo precisa sim, melhorar a questão de pessoas carentes, mas quem sabe se a sociedade começar a mostrar mais interesse, quem sabe o governo ajuda mais, porém ainda existem pessoas que acreditam que isso é uma função única e exclusiva do governo, " desabafa Caroline Carin e completa " Fica a consciência de cada um. Eu já perdi inúmeros sábados e domingos de sol para fazer algum projeto. Mas no final vale muito à pena" .

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Eletronuclear - Angra dos Reis

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A conceituação de "Terceiro Setor" se torna estratégica para questionar a atuação de uma ou mais organizações, bem como para tomar decisões que afetem positivamente e de maneira conseqüente o seu papel e (o de outras) na sociedade. A denominação "Terceiro Setor" em construção, o que por si só dá margem a interpretações e contestações. Isso é mais um motivo para que cada organização ou grupo de organizações faça o seu próprio exercício conceitual e estabeleça um referencial que tenha impacto no seu dia-a-dia. A seguir é apresentada, sinteticamente, uma conceituação alternativa de "Terceiro Setor" - mais do que assumir ou rejeitar a idéia de "Terceiro Setor", a conceituação pode ser utilizada para provocar essa reflexão, em cada caso, à sua maneira.
Agentes primários - ONG’s, OSFL’s, OSC’s, Fundações
Sistemática básica - Abraçar uma causa
Pré-requisito - Desenvolver soluções originais
Resultado esperado - Ampliação da consciência, Exercício da cidadania
Meios típicos de atuação - Idéias, ideais e trabalho voluntário
Tomadores de decisão - Tomadores de iniciativa e apoiadores
Beneficiários originais - Humanidade
Mecanismos regulatórios - Mobilização e engajamento
Dilemas comuns - Existenciais
Escolhas consideram - Interesses de terceiros, necessidades sociais, potenciais
Lógica predominante - Emancipatória e transformadora
Poder - Normativo
Requer - Pioneirismo, associação
Papel do indivíduo - Assumir responsabilidade
Dinheiro - Doações e repasses, de terceiros
Princípio essencial - Liberdade
Distorções – Fanatismo

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