Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que avaliou a participação econômica do segmento no Brasil, o terceiro setor chegou a números grandiosos. O movimento é de aproximadamente R$ 32 bilhões. Este valor representa 1,4% na formação do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB).
O destaque é para o número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos, que entre 1996 e 2002 alcançou um crescimento de 157%. Isso representa uma elevação de 105 para 276 mil instituições oficialmente cadastradas. A maior parte delas (44%) concentra-se na Região Sudeste: São Paulo (21%) e Minas Gerais (13%), reunindo um terço das organizações existentes em todo o Brasil.
Números revelaram ainda que o gasto social das 400 maiores entidades do Brasil no ano de 2000, foi de R$ 1.971.000,00. Ao todo, elas possuem 86.894 funcionários, 400.933 voluntários.
Entre 1996 e 2002, o número de pessoas ocupadas no setor também teve um aumento expressivo. A quantidade de empregados assalariados passou de 1 milhão para 1,5 milhão, ou seja, um crescimento de 50% que representa 5,5% do total de pessoas empregadas em todas as organizações formalmente registradas no país. Apesar disso, a maioria das instituições não tem empregados assalariados.
O terceiro setor no mundo possui entre gestores, voluntários, doadores e beneficiados de entidades beneficentes 12 milhões de pessoas e 45 milhões de jovens que veem com a missão de ajudar.
Empresas Doadoras
Uma pesquisa feita pelo site Filantropia.org, nós revela que das 500 grandes empresas brasileiras, apenas 100 são consideradas parceiras do terceiro setor. Das 250 empresas multinacionais que têm negócios no Brasil, somente 20 são admiradas. A maioria das empresas consideradas parceiras são pequenas e médias e são relativamente desconhecidas pelo grande público.
Pessoas Físicas
No planeta, as empresas contribuem apenas com 10% da verba filantrópica global, enquanto as pessoas físicas, da classe média, doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe média doa 23 reais por ano, em média, menos que 28% do total das doações. As fundações doam 40%, o governo repassa 26% e o resto vêm de bingos beneficentes, leilões e eventos
Terceiro Setor: trabalho voluntário ou carreira alternativa?
O Brasil é o quinto do mundo em trabalho voluntário. E o salário nem sempre é o que mais atrai os profissionais de empresas, como aconteceu com o diretor de Publicidade da revista Veja, Fabio Amaral, que trocou de emprego para ganhar 10% a menos como coordenador do Instituto Cultural Maurício de Souza.
Historicamente, essa preocupação com o social apareceu em 1543 com a fundação da Santa Casa de Misericórdia, depois em 1908 com a chegada da Cruz Vermelha no Brasil. Em 1910, Robert Baden-Powell levantou a bandeira do escotismo para "ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião". Em 1942, Getúlio Vargas criou a LBA - Legião Brasileira de Assistência - e em 1961 nasceu a APAE, em 1967 o Projeto Rondon, em
De acordo com uma pesquisa feita pelo Ceats-USP - Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor da Universidade de São Paulo, das 273 empresas, 56% investem em atividades de caráter social; 40% acreditam que as ações sociais envolvem mais o funcionário com o trabalho; 34% acham que programas sociais aumentam a motivação e a produtividade; e em 48% os funcionários fazem algum tipo de trabalho voluntário.
O fato é que o Terceiro Setor já é visto como uma alternativa para alavancar a carreira profissional. Difícil, é encontrar fontes seguras sobre a média salarial oferecida aos iniciantes ou coordenadores profissionais.
Fontes: Filantropia.org + Responsabilidade Social.com + catho.com.br